"invento janelas no escuro, para te abrir o dia", assim acordei para as palavras do Vasco, já faz tempo.
Apresentação de A Fábrica de Vasco Gato, Bar do Teatro A Barraca, 5 de Janeiro de 2013
Depois do Imo, do Um Mover de Mão, do 47, do Cerco Voluntário, da Rusga, do Napule ( todos eles, diamantes adquiridos de uma mina lá para a Rua Cecílio de Sousa, indústria mineira já desativada mas que deixa saudade à portuguesa) acabo de chegar à A Fábrica.
A mesma indústria. A única diferença tem a ver com o produto final do mineral.
Em vez de polido, é agora bruto e rasga-nos, mantendo o mesmo brilho.
"Guardavas dos lugares
um sentido improvável. Tudo era
mais verdadeiro por
repentinamente
se assemelhar a um regresso.
Enquanto avançávamos
o mundo vinha ao nosso encontro
e, nisso, sucediam-se as
formas de
murmurarmos um ao outro. (...)
E era tarde. E havia luzes.
E via-se que não podia ser
de outra forma. "
~ Vasco Gato, em A Fábrica