" (...) esse é meu último encontro com o velho que usa gomalina no cabelo pintado de acaju e que tem os dedos cheirando a Marlboro. É a nossa última vez.
Praça da Luz ao Parque Ibirapuera, dias de Setembro de 2012
O passado se encontra com o futuro aqui, nessa fronteira incerta entre duas calçadas muito parecidas: o que ainda é e o que nunca mais será. Borges certa vez escreveu: "Há um espelho que me fitou pela última vez. Há uma porta que fechei até o fim do mundo. Entre os livros de minha biblioteca ( posso vê-los agora ) há um que não mais abrirei ". Todos os nossos dias estão repletos de milhares de invisíveis últimas vezes.
Algumas nem tão invisíveis assim. "
~ João Paulo Cuenca